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Em 3 de junho de 2003, inicia-se oficialmente o projeto ALICE, América Latina Interconectada Com a Europa. A rede de CLARA, RedeCLARA, e sua conexão ao GÉANT foram executadas pelo projeto ALICE que procurava criar uma infra-estrutura de redes de pesquisa na América Latina e interconectá-la com a sua parceira européia, GÉANT, mediante o protocolo de Internet (IP). Nesse dia, os oficiais da Comissão Européia e os representantes de DANTE reuniram-se, no âmbito do programa @LIS, para assinar o contrato que, por um valor de € 12,5 milhões, serviria para a criação de uma infra-estrutura que prometia conectar em nível regional as redes de pesquisa latino-americanas e interconectá-las com a rede pan-européia GÉANT. A Comissão Européia dava, deste modo, o sim definitivo aos 80% de seu financiamento para o projeto ALICE (€ 10 milhões), comprometendo os sócios latino-americanos com a contribuição dos 20% restante (€ 2,5 milhões). Para levar à frente o grande objetivo da ALICE, DANTE – instituição a cargo da gestão da GÉANT –, em seu papel de coordenador do projeto ALICE, associou-se na Europa com a NREN da Espanha (RedeIRIS), França (Renater), Itália (GARR) e Portugal (FCCN); do outro lado do Atlântico, no coração da América Latina, que se preparava para experimentar as maravilhas da conexão transoceânica, Alice associava-se com CLARA e com as NRENs dos 18 países cuja participação era admitida pelo regulamento do programa @LIS: RETINA (Argentina), ADSIB (Bolívia), RNP (Brasil), REUNA (Chile), Universidade do Cauca (Colômbia), CRNet (Costa Rica), REDUNIV (Cuba), CEDIA (Equador), RAICES (El Salvador), RAGIE (Guatemala), UNITEC (Honduras), CUDI (México), CNU em representação da RENIA (Nicarágua), RedCyT (Panamá), Arandu (Paraguai), RAP (Peru), RAU (Uruguai) e REACCIUN (Venezuela). Inicialmente, Alice tinha seu prazo de termo datado para abril do ano 2006, entretanto, o Projeto recebeu a autorização para duas extensões temporárias (o presuposto se mantinha de acordo ao contrato de 3 de junho de 2003), e seu termo se datou em março de 2008.
Avaliação:
O sucesso e os benefícios trazidos pelo Projeto ALICE foram refletidos na Avaliação Final do @LIS que avaliou o Projeto de forma extremamente positiva com uma nota de 4,3 de um total possível de 5 pontos. Na verdade, esta foi a nota mais alta atribuída a uma das cinco Ações Horizontais incluídas no Programa @LIS. Adicionalmente, quando comparado com os 19 programas de demonstração do Programa @LIS, o Projeto ALICE ficou em segundo lugar, apenas atrás da ATLAS (que obteve uma nota de 4,38), e com a mesma pontuação que a IALE. A pontuação média do Projeto ALICE pode ser dividida entre os seguintes parâmetros: Relevância: 5 Desenho: 3.5 Eficiência: 5 Eficácia: 5 Impacto: 4 Sustentabilidade: 3 Coordenação: 4 Rede: 4.8 Média: 4.3
O sucesso do Projeto ALICE ainda pode ser evidenciado nos seguintes comentários feitos na Avaliação Final @LIS. “O [Projeto] ALICE foi a ação mais tangível do @LIS e operou em um nível “intermediário”. Seu objetivo específico foi de criar uma infra-estrutura (embora de natureza virtual) sobre a qual os “cérebros” da Europa e da América Latina pudessem se interconectar. O objetivo foi alcançado além do esperado, apesar do fato desta conexão depender do subsídio da Europa para se manter.” “Com respeito à rede de pesquisa, a avaliação final constatou o sucesso impressionante e o progresso promissor da rede acadêmica latino-americana. Isto era uma realidade que muitos desejavam porém considerado um objetivo quase inatingível antes que o @LIS (através da sua ação Projeto ALICE) resolveu apoiar a implementação da Rede CLARA.. É uma conquista essencial para finalmente criar o potencial na América Latina para a colaboração científica e tecnológica, um elemento básico para o desenvolvimento de uma Sociedade da Informação que realmente atenda às necessidades da região e não simplesmente uma estrutura para a aplicação de tecnologias desenvolvidas em outros lugares. A Rede CLARA tem permitido que o sistema de rede mundial de educação e pesquisa seja complementada com a Eumedconnect no Mediterrâneo e a Eurasia, representando um contrapeso ao equivalente norte-americano da Internet2 na América Latina, e proporcionar o suporte essencial para colaboração entre a UE e a América Latina em programas de desenvolvimento (FP6, FP7).” Para fazer o download da Avaliação Final do @LIS clique aqui. Mais informação: |
