Villie Morocho: “Os laços de confiança que conseguimos com a RedCLARA são únicos e não poderíamos tê-los conseguido sem esta instituição” Imprimir
Escrito por Tania Altamirano   
Seg, 02 de Setembro de 2013 00:00

Conheça a voz do ex- Diretor-Executivo do Consórcio Equatoriano para o Desenvolvimento da Internet Avançada, CEDIA, e sua visão para RedCLARA e na colaboração. Leia este e outras entrevistas no livro “RedCLARA: Nome, voz e instrumento de colaboração na América Latina”.

Villie Morocho

O que vem à sua mente quando ouve um pesquisador falar sobre colaboração?
O crescimento do trabalho de pesquisa vem dado, segundo o meu critério, pela quantidade de colaborações que ela possa ter. Ou seja, se uma pesquisa tem colaboradores locais, nacionais, e inclusive internacionais, pode-se prever que este trabalho é avalizado nesse nível. Portanto, se um pesquisador falar de colaboração, no CEDIA buscamos facilitar a vida dele para que esta colaboração realmente possa ser realizada pelos meios que disponibilizamos, sejam eles desde videoconferências até possíveis acessos a redes cientificas internacionais.

O que identificaria como o mais importante das redes de pesquisa e educação?
Em primeiro lugar, o recurso humano; ou seja, os contatos das pessoas que integram estas redes. A confiança que conseguimos para poder propor projetos de envergadura e que permitem parcerias sem problemas. Essa confiança é escalar para novos membros ou parceiros de um possível projeto, pois se torna um laço de confiança entre todos. Em segundo, toda a implantação tecnológica que permite a interação deste grupo de pessoas.

Como descreveria o papel da RedCLARA, tanto em nível regional quanto global?
Sua atuação única e necessária permite a integração de pessoas e de equipes de trabalho em assuntos de interesse regional. Além disso, a possibilidade da apresentação de projetos, desde os menores, com colaboração, até os maiores, como podem ser os que são apresentados na União Europeia, sob os programas-quadro.

Qual tem sido para sua rede a importância central do projeto ALICE2?
A possibilidade de se integrar no mundo, começando pela relação sul-americana, mas atingindo um nível mundial pelas relações possíveis de atingir por meio da RedCLARA. Além disso, conseguir um financiamento inicial que, sem dúvida, não poderíamos ter conseguido somente com a intervenção dos parceiros da RedCLARA. Portanto, acho que é um ponto totalmente relevante a colaboração da União Europeia por meio desse projeto.

Quão importante é para o CEDIA a colaboração com outras redes nacionais e regionais e de quais formas ela colabora em nível global?
É um dos principais pontos promovidos no CEDIA: a colaboração com outros pesquisadores da América do Sul e do mundo por meio das redes nacionais desses países.

Se a RedCLARA não tivesse existido, como o senhor acha que seria hoje o cenário da ciência, a pesquisa e a inovação em seu país?
Deveriam ter buscado outros meios de colaboração internacional que, no entanto, acho que teriam sido menos frutíferos em grande quantidade que o conseguido com a RedCLARA. Além disso, eu tenho certeza de que os laços de confiança que conseguimos com a RedCLARA são únicos e não poderíamos tê-los conseguido sem esta instituição.

Poderia descrever sua visão das redes de pesquisa e educação no futuro?
Que os pesquisadores o tenham como forma de vida pessoal nata, sem a necessidade de existir meios de introdução à relação internacional por meio da RedCLARA. Seria como pensar se nós tivermos que ensinar um pesquisador a usar a Internet. Então eu penso que aproveitar as vantagens de confiança e tecnologia das RNPs fará parte das atividades de cada acadêmico.

De acordo com seu próprio critério, qual deveria ser o papel da RedCLARA nos próximos cinco anos?
Provocar esta visão de futuro.

Última atualização em Ter, 26 de Março de 2013 16:15